Quarta-Feira, 28 de Março de 2018 | 14h – Horário de Brasília |
A StraubJunqueira em parceria com a UL Environment irão promover uma palestra online e gratuita sobre a Qualidade do Ar Interior: Olhar das Certificações LEED e WELL sobre os Impactos na Saúde. E você é nosso convidado!
O objetivo do evento é mostrar a importância da qualidade do ar de ambientes internos, os impactos na saúde e a relação com as certificações LEED e WELL. Os principais pontos a serem abordados no webinar serão:
Faça sua inscrição e garanta sua presença através do Link. Próximo a data do evento você irá receber no e-mail cadastrado o link de acesso ao vivo. A palestra tem duração prevista de 45 minutos e mais uma rodada de perguntas de 15 minutos. Esperamos você! Atenciosamente, Equipes StraubJunqueira & UL Environment |
Tag: sustentabilidade
Marcetex entre os 3 primeiros colocados no prêmio PINI 2017
Na última sexta feira, (06/12) a Marcetex teve a honra de participar da 23• Prêmio Pini, na FIESP, que reuniu executivos, empresários, formadores de opinião e autoridades setoriais da construção civil.
No final de 2016, pensando na importância de incorporar a sustentabilidade em seus produtos, com seriedade nas ações, a Marcetex procurou a StraubJunqueira – consultoria em sustentabilidade – afim de realizar um diagnóstico para entender melhor a sustentabilidade em seus produtos, o que resultou na elaboração de uma Declaração de Sustentabilidade de Produto.
O diagnóstico possibilitou uma melhoria na atuação ambiental da Marcetex, potencializando as ações que já haviam sendo praticadas – realçando as certificações vigentes na empresa – e fundamentando as estratégias futuras em relação a sustentabilidade como novas certificações, novos relatórios, gestão de qualidade, entre outros.
Inscrita para concorrer ao Prêmio Iniciativa Setorial de Destaque – categoria que objetiva reconhecimento de ações de impacto para o desenvolvimento setorial – a Marcetex figurou entre os três primeiros colocados, reforçando o entendimento de estão no caminho certo!
O Brasil passa por uma crise econômica e política sem precedentes – por Luiza Junqueira
Todos os dias, no mínimo desde 2015, escutamos alguma notícia sobre a crise econômica brasileira. De fato o Brasil passa por uma crise econômica e política sem precedentes e em meio a este cenário, um dos setores que mais sofrem é o da construção civil. A crise traz diversos impactos como a diminuição dos lançamentos, as taxas de vacância cada vez mais altas, as demissões em massa e a retração do setor. Somado a esses problemas, seguem-se uma série de escândalos de grandes empreiteiras associadas à Lava Jato e suas consequências como uma cascata inevitavelmente atingem os diversos fornecedores e prestadores de serviços ligados à essas grandes empresas.
Esse cenário traz um certo desanimo a primeira vista. Mas o fato é que são nesses momentos que devemos nos agarrar a novas oportunidades e nos capacitar para estarmos preparados para quando a turbulência passar! Essa fala otimista soa até um pouco clichê, mas levantei algumas informações bastante relevantes que vão fazer você pensar duas vezes antes de falar que sua atividade foi impactada pela crise.
Começo com uma provocação; Você já ouviu falar em empregos verdes?
De acordo com a Organização Mundial do Trabalho “Os empregos verdes são empregos formais que contribuem para preservar ou restaurar o meio ambiente, reduzindo impactos ambientais, ajudando a proteger a biodiversidade e os ecossistemas, reduzindo o consumo de energia, a emissão de CO2 e evitando formas de desperdício e poluição em direção à sustentabilidade. Podem produzir bens ou fornecer serviços, sejam eles em setores tradicionais, como a indústria e a construção, ou em novos setores emergentes, como energia renovável e eficiência energética, mas que sempre beneficiem o meio ambiente, como por exemplo os edifícios verdes ou transportes limpos.”
Vamos então à uma pincelada de números e informações que chamam a atenção, sobre os empregos verdes no Brasil:
- Dados do setor solar estimam que para cada megawatt solar instalado sejam criados entre 20 e 30 postos de trabalho (diretos e indiretos). Sendo assim, calcula-se que algo entre 60 mil e 99 mil novas oportunidades de emprego deverão ser criadas com o desenvolvimento do mercado de energia solar brasileiro até 2018.
- De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica – Abeeólica, o emprego em energia eólica no Brasil vai gerar 45 mil novas vagas, até 2019.
- Segundo a revista EXAME, o setor de “materiais de construção sustentáveis” esta listado dentre as 8 áreas promissoras para se abrir um negócio no futuro
Já no setor de construção civil, embora venha sofrendo significativamente com os impactos da crise, a demanda por sustentabilidade e consequentemente a dos empregos verdes não param de crescer. De acordo com a pesquisa “World Green Building Trends 2016” da Dodge Data & Analytics, o setor de construção sustentável global continua a dobrar a cada três anos, e irá alcançar a marca de 60% dos novos projetos sustentáveis até 2018.
Na ultima conferência do clima em Marrakesh – COP21, o World Green Buiding Council (WGBC) firmou um compromisso para reduzir 84 gigatons de emissões de CO2 nas edificações até 2050. Oito Green Building Councils já firmaram compromisso para participar deste projeto, incluindo o Brasil, e dentre os objetivos do projeto esta a capacitação de 75.000 profissionais sobre a construção net zero até 2030, e 300.000 até 2050.
Já no Brasil, de acordo com a pesquisa “Tendências na Construção Civil Brasileira 2015”, em 2009, as obras sustentáveis no Brasil representavam 1% de todo m2 útil de construção, em 2014, atingiu o patamar de 7,3%, representando uma evolução de 780% ao longo desses anos.
O ano de 2016 foi o que mais acusou registros de empreendimentos buscando a certificação LEED. Além disso novos projetos de leis, leis, resoluções, normativas e políticas publica, surgem a cada dia no Brasil propondo benefícios e isenções fiscais para as construções sustentáveis, as energias renováveis e a reciclagem. Para atender à essas novas leias e demandas, são necessários cada vez mais profissionais capacitados. Mas aonde estão e quem são esses profissionais?
Pouco se fala mas até 2030, todos os edifícios (públicos, comerciais, de serviços e residenciais) deverão possuir a etiqueta de eficiência energética do Procel, além de já ser obrigatória para novas construções e reformas de edificações públicas federais, através da Instrução Normativa 02/2014 do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão.
Uma pesquisa publicada pelo Conselho Brasileiro de Construção Sustentável intitulada “Aspectos da Construção Sustentável no Brasil e Promoção de Políticas Públicas 2014” mostrou que há um grande desconhecimento no mercado a respeito dos benefícios da construção sustentável, além de ter apontado a falta de profissionais capacitados e a baixa oferta de treinamentos para esses profissionais.
Hoje já são mais de 1.200 empreendimentos buscando a Certificação LEED no Brasil, o que coloca o pais na colocação de n°4 no ranking de países com maior quantidade de construções sustentáveis. Ainda que esse numero seja extremamente significativo, o Brasil conta hoje com somente 375 profissionais certificados (LEED GA e LEED AP), ou seja; são mais de 3 projetos para cada profissional. De acordo com o censo do Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU, em 2012 eram cerca de 95 mil arquitetos com registros ativos no Brasil, sem contar os engenheiros civis e todos os outros profissionais que atuam ou podem atuar nas construções sustentáveis. A conclusão dessa análise é simples: tem muitos profissionais atuando no mercado de construção civil, mas pouquíssimos preparados para a demanda inevitável da construção sustentável.
Ninguém precisa ser um expert em economia para saber que as crises são cíclicas, é só olharmos para a historia do Brasil nos últimos 50 anos; foram pelo menos 4! E após as crises, os mercados voltam a se fortalecer e a economia girar. Ou seja, cedo ou tarde (esperemos que mais cedo do que tarde) isso irá acontecer, e a roda vai voltar a girar a todo o vapor! Mas com uma diferença sem sobra de dúvidas; cobrando de forma muito mais pesada a inclusão de ações sustentáveis!
Portanto uma coisa é certa; são nas crises que surgem as grandes ideias e as oportunidades, são nesses momentos que devemos olhar para nossas carreiras, identificando aonde e como podemos melhorar, e definindo ações para driblarmos o mau desempenho econômico e obtermos sucesso!
Cursos de aperfeiçoamento, sejam de curta ou longa duração são ótimos para momentos como esses. O profissional que visa ter um emprego verde e estar preparado para as novas demandas, que já batem à nossa porta, deve conhecer e saber por em prática a sustentabilidade. Neste sentido as acreditações profissionais, como o LEED GA, LEED AP, Profissional GBC Casa, entre outras vêm para contribuir com esta necessidade e a incentivar que a régua de qualidade e capacitação do mercado esteja sempre atualizada e evoluindo constantemente.
Minha sugestão? Corre e vai se atualizar, nunca é tarde para estudar e informação nunca é demais! E o mercado? Ahh, ele vai melhorar, esteja preparado!
Texto original publicado no Blog do Green Building Council Brasil – https://goo.gl/sVCdYs
Tendências para o Setor Residencial – por Eduardo Straub
Estamos de mudança! Uma mudança comportamental. E o caminhão baú que veio buscar nossas condutas já está lá fora. Ele chegou devagarzinho, ainda de madrugada, e aguardou até que o Sol tímido aparecesse para dizer que já era hora. Duas buzinadas foram o suficiente para nos acordar e nos fazer lembrar que ainda tínhamos que empacotar boa parte das nossas atitudes e maneiras de como vemos o mundo. A correria começou e o motorista, percebendo nossa agitação e receio, se mostrou impaciente.
Em uma palestra intitulada “Sair-se bem com atitudes verdes”, o professor Geoffrey Heal, da Columbia Business School, descreveu um experimento realizado em uma loja de departamentos em Manhattan. O estudo analisou dois conjuntos de toalhas feitos por marcas concorrentes, produzidos de forma sustentável, com algodão orgânico e mediante condições de comércio justo. Nenhuma informação a esse respeito foi dada inicialmente aos consumidores. Posteriormente, um dos conjuntos de toalha recebeu um “selo verde”, o que resultou em um aumento de 10% nas vendas. O volume de vendas só caiu para o nível antigo quando o preço desse mesmo jogo de toalhas subiu 20%. Os selos do primeiro conjunto foram então retirados e foi a vez do segundo receber a etiqueta que afirmava que o produto tinha sido produzido respeitando as normas de responsabilidade socioambiental. Assim como o primeiro, foi a vez do segundo ter suas vendas disparadas. (Corporação 2020, p.154)
Em média, 40% da população brasileira indica que a certificação ambiental é importante e aceita pagar até 10% mais caro por produtos com selos verdes, 36% acreditam que as etiquetas ambientais são capazes de certificar a sustentabilidade do processo produtivo da mercadoria, e 98% optariam por fornecedores de produtos certificados (Federação Brasileira de Bancos, 2010).
Uma pesquisa realizada pela CBIC em 2013 com 1.123 entrevistados de 23 estados brasileiros sobre diferenciais buscados em imóveis chegou no seguinte resultado:
Interessante ver que a economia não é o fator determinante para a compra de um imóvel. Um artigo bem interessante da Galeria da Arquitetura traz o conceito da arquitetura residencial nos dias de hoje. “Nas últimas décadas, novos ambientes ganharam destaque em projetos residenciais, como closets, home-office e academia, recebendo a mesma atenção dos tradicionais cômodos de uma casa. Nos apartamentos, o que vêm ganhando espaço são as varandas gourmet, vistas como um espaço ideal para reunir familiares e amigos.” Inclusive, se olharmos para os edifícios residenciais, hoje não basta mais somente um jardim bonito. O que as pessoas buscam é uma área externa com um jardim bonito, brinquedoteca, playground, salão de jogos, quadra poliesportiva, piscina, sala de ginástica com aparelhos modernos, spa, e por aí vai.
Engraçado que quando vejo isso, me vem à cabeça ‘Conforto! Conforto! Conforto! Sustentabilidade! Sustentabilidade! Sustentabilidade! Qualidade de vida! Qualidade de vida! Qualidade de vida!’
Mas lembre-se, estamos no final da nossa rua com nosso caminhão de mudanças e novas tendências surgirão ao dobrarmos a esquina.
“Os Millennials estão aí!” Ouvimos sempre como se fosse algo com que, ou quem, tivéssemos com que nos preocupar. Um artigo da Forbes, escrito pelo Dan Schawbel, alerta que eles já representam grande parte da população mundial, com grande poder econômico, que influenciam a todas as gerações, vieram para mudar o mundo e, que ao contrário do que se imaginava, é uma geração super fiel a marcas desde que estas demonstrem qualidade e responsabilidade socioambiental em seus produtos.
Para comprovar essa tendência, uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostra o quanto as pessoas, por idade, estão propensas a pagar por uma casa saudável. O resultado foi que tanto os Millennials quanto os aposentados pagariam a mais por uma residência saudável.
Ainda sobre o mesmo gráfico, porém, juntando o percentual das pessoas que pagariam a mais por uma residência saudável e comparando com o percentual dos que não pagariam a mais ou dos que não souberam responder, temos:
O que será que nos espera? O Global Wellness Institute sinaliza que o mundo se prepara para viver o momento da qualidade de vida, bem-estar e saúde nos próximos 5 a 10 anos. Então, aquele conceito sobre edifícios residenciais com spas, jardins bonitos, playgrounds, varandas gourmets… já não será mais suficiente. As pessoas buscarão isso também, mas elas estarão mais propensas por edifícios que atendam outras de suas necessidades, edifícios que tenham em seu conceito uma preocupação com sua saúde e bem-estar. Que tenham planos de qualidade do ar e da água para consumo, que priorizem a iluminação circadiana, que lhes traga conforto acústico, térmico e de odores, que as façam sentir-se bem a ponto de se sociabilizarem com seus vizinhos, que integre conceitos de biofilia e beleza, que permita uma melhor concentração de seus ocupantes para tarefas diárias como estudo e home office, além de proporcionar paz e tranquilidade.
Toda mudança é uma grande confusão. Mistura sentimentos de medo, desafio e esperança. E no meio disso tudo há ainda quem perguntará, atônito “Esquecemos da segregação, do poder e do materialismo! Vamos voltar para buscar?”
O motorista irá sorrir e dizer “Não precisamos disso, para onde vamos teremos unidade, paz e comunidade.”
Obs.: Não deixe de comentar!
Novo curso sobre WELL Building Standard já está com inscrições abertas no site do GBC Brasil.
Turma dia 07 de agosto. Veja aqui!
Texto escrito por:
Eduardo Straub, WELL AP e LEED AP BD+C, Sócio-Proprietário da StraubJunqueira (Consultoria Especializada em Construção Sustentável e Qualidade de Vida, Saúde e Bem-Estar), empresa membro do GBC Brasil, e Professor do curso “WELL Building Standard“, oferecido pelo GBC Brasil.
O futuro dos espaços de trabalho
Em nossa prática profissional temos discutido com nossos clientes ideias e tendências relacionadas ao futuro dos espaços de trabalho e escritórios e como isso deverá influenciar os projetos de empreendimentos corporativos nas próximas décadas.
Entendemos que podemos moldar hoje o futuro do espaço de trabalho com base em 5 pilares principais: (1) Mobilidade, (2) Flexibilidade, (3) Colaboração, (4) Sustentabilidade, (5) Saúde e Bem-Estar e Qualidade de Vida.
Arquitetos e incorporadores de edifícios e espaços corporativos, sejam eles especulativos ou Built to suit têm a oportunidade de influenciar decisões chave de projeto que prepararão as bases para que os ocupantes futuros possam criar condições adequadas aos seus espaços de trabalho. Algumas das questões que entendemos serão fundamentais na criação dos espaços de trabalho nas próximas décadas são resumidos nos 5 pilares:
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Mobilidade
A busca por qualidade de vida e menos tempo gasto em deslocamentos demanda formas de trabalho descentralizadas, redução de custos fixos de escritório e prática de home office, cuja tendência é se tornar mais comum.
A tecnologia das comunicações irá tornar deslocamentos até o escritório cada vez menos necessários. O espaço físico de trabalho do futuro deve estimular o funcionário a frequentar esses espaços fornecendo múltiplos usos locais, como academias, comércio, creches, espaços de co-working e equipamentos culturais. A mistura entre público e privado em espaços comuns fará parte dessa transformação, convidando a população maior a utilizar e manter vivos esses equipamentos também fora do horário comercial. O edifício corporativo se torna multiuso, com térreo e embasamento integrado com a malha urbana pública em contraposição ao lobby privativo vasto e sem função social e comercial.
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Flexibilidade
A força de trabalho se torna cada vez mais multicultural, diversa em faixas etárias e em necessidades cada vez menos padronizadas. Uma população heterogênea deve ter condições de ocupar espaços de escritórios flexíveis, adaptáveis às necessidades individuais. A retenção de funcionários no futuro dependerá também do bem-estar físico dos indivíduos. Os espaços não são mais vistos como um bem imóvel da corporação, mas como uma ferramenta de estímulo à criatividade e produtividade. Instalações com de task lighting (iluminação individual de tarefa), task cooling (insuflamento de ar pelo piso, conectado às estações de trabalho), task based seatting (flexibilidade de assentos), além de elementos sombreadores internos e externos, auxiliam no controle individual de conforto térmico, lumínico e de ofuscamento, além de proporcionarem redução de energia em operação. O incorporador de produtos especulativos tem a oportunidade de oferecer infraestrutura para que sistemas com operação individualizada possam ser explorados pelos ocupantes.
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Colaboração
Cada vez menos, escritórios se parecem com uma série de caixas isoladas sem comunicação. A tendência futura é a integração física entre departamentos e áreas distintas das empresas. Permitir comunicação e encontro entre funcionários de áreas diversas, afeta diretamente o resultado dos processos produtivos, estimula a cooperação e a criatividade. O incorporador pode fornecer as bases para esse processo ao pensar projetos capazes de estimularem a comunicação entre os usuários, que possuam espaços de convivência e conexão entre o interno e externo, que facilitem o encontro informal entre funcionários.
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Sustentabilidade
Assim como ocorreu em muitos países do mundo, os sistemas de certificação tornam-se commodities de projeto, e muito mais exigentes ao passar dos anos. Um projeto que há alguns anos atrás foi classificado como LEED Platinum, possivelmente seria hoje certificado como Silver. A disseminação dos sistemas de certificação fará com que a real operação eficiente de um edifício seja cada vez mais valorizada e que as exigências quanto à eficiência energética sejam cada vez maiores. O incorporador que tiver maior controle sobre decisões que envolvem fachadas, equipamentos de ar-condicionado e sistemas luminotécnico de forma a compor um sistema integrado terá mais sucesso nesse processo. O escopo de entrega típico de um incorporador de edifícios especulativos deverá ser revisto, uma vez que assumir responsabilidade pelo planejamento e entrega de sistemas que afetam o consumo energético é a melhor forma de se obter sucesso na busca por eficiência energética e conforto térmico. Os edifícios de escritório tendem a observar maior valorização de elementos de eficiência de fachadas, além da exploração de sistemas de ar-condicionado de menor consumo, como as centrais de Água gelada com distribuição de ar VAV, insuflamento pelo piso ou vigas geladas (chilled beams).
Somado a isso, uma pesquisa da “Lightspeed” mostrou que 9 em cada 10 jovens da geração Y acham importante trabalhar para uma empresa comprometida com a sustentabilidade. Levando em consideração que a geração Y passa a ser a geração dominante dentro das empresas, esse pensamento também reflete diretamente nos espaços de trabalho.
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Saúde e bem-estar e qualidade de vida
Essas preocupações estão diretamente ligadas às anteriores. Passamos mais de 90% do tempo em ambientes fechados e, de acordo com uma pesquisa do WGBC (World Green Building Council) na composição do custo de ciclo de vida de uma edificação comercial, 8% representam somados os custos com construção, operação e manutenção, os outros 92% são as pessoas que ocupam esses edifícios, entre salários e benefícios. Olhando por esse foco, faz muito sentindo planejar ambientes que proporcionem melhor qualidade de vida, saúde e bem-estar para as pessoas. Imagine o quanto uma empresa não pode economizar em sinistralidades médicas, absenteísmo, presenteísmo, turnovers e despesas jurídicas se o local de trabalho for pensado cuidadosamente na saúde (física e mental) de seus colaboradores!
Desenvolver projetos que quebrem o ciclo das facilidades modernas de ter tudo “a mão”, e que estimule o uso de escadas e faça as pessoas percorrem distancias mais longas internamente, são fatores que também contribuem para a melhoria da saúde física.
Por fim, devemos lembrar sempre que existe uma relação indissociável entre a sustentabilidade e a busca do bem-estar. Afinal estamos sempre falando de pessoas; os negócios (sustentáveis ou não) são gerados por pessoas e entre pessoas, da mesma forma que espaços são projetados (sustentáveis ou não) por pessoas para pessoas. É redundante, mas na prática é assim que funciona, e pensar em projetos sustentáveis é também pensar nas pessoas que os ocupam e na geração de novos negócios que eles podem trazer. Quanto melhor as condições físicas do espaço ocupado, com qualidade acústica, iluminação com cor adequada às atividades para cada tipo de ambiente, ergonomia ou taxas de renovação de ar elevadas, mais produtivos e engajados os ocupantes estarão para gerar novos negócios.
Portanto, quando falamos de sustentabilidade e saúde e bem-estar dentro dos espaços, são vários os fatores que influenciam os ocupantes, desde a forma como eles se deslocam para o local e no local, a forma como os layouts são dimensionados e distribuídos, e preocupações com a qualidade desses espaços como o conforto acústico, lumínico, ergonomia, qualidade da água e do ar, entre outros.
Nessa linha, o USGBC (United States Green Building Council) vem disseminando (assim como ocorreu com o sistema LEED nos últimos anos) o sistema de certificação WELL, baseado nas melhores práticas em conforto ambiental, saúde e bem-estar de espaços construídos. Com vista nos novos desafios no processo de projeto de espaços corporativos, entendemos que a certificação WELL está para o início do século 21, assim como o LEED esteve presente (e ainda está) na transformação de mercado nas últimas décadas.
Texto escrito por: Marcelo Nudel, sócio-diretor da Ca2 Consultores Ambientais Associados, e Luiza Junqueira, sócia- diretora da StraubJunqueira. Ambas empresas membros do GBC Brasil.
Artigo originalmente veiculado por GBC Brasil em: https://goo.gl/ddz4Dn
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