A importância da certificação – LEED e WELL

“Por que devo certificar meu edifício ou meu escritório?” Essa é uma pergunta que frequentemente me é feita por clientes e outros profissionais. E sempre antes que eu consiga responder, a segunda pergunta já vem na sequência. “Não dá na mesma aplicarmos somente as boas práticas?”

Tomo então um fôlego e hesito. “Sim e não!”

O “sim” é porque é verdade. Se aplicarmos todas as boas práticas de sustentabilidade em um edifício ou em um ambiente de escritório, ele será tão ou mais sustentável que uma outra edificação certificada. Porém, e esse é o meu “não”, o primeiro item a ser cortado no decorrer das análises orçamentárias são os custos e com eles se vão os painéis fotovoltaicos, os vidros low-e, a fachada ventilada, aquele paisagismo bem planejado, os cuidados durante a fase construtiva, a compra de materiais e produtos mais responsáveis para o meio ambiente e que não prejudicam a saúde dos ocupantes, os cuidados com a qualidade do ar e da água, o projeto de irrigação, a iluminação de baixo consumo… E o que sobra? Bem, um edifício ou escritório comum.

Já um edifício ou escritório que busca uma certificação, assina-se um compromisso durante a fase de concepção. Então mesmo que haja, e há, cortes orçamentários durante a fase projeto-obra, eles tendem a alinhar para um melhor custo-benefício, pois as estratégias não são simplesmente cortadas caso seu custo inicial seja maior que o esperado. Nesses casos, os profissionais (cliente, arquitetos, projetistas, construtores, consultores, etc) sentam e conversam sobre as possibilidades para o projeto e os benefícios daquela determinada estratégia durante a vida útil da edificação ou escritório. Isso se chama Processo Integrativo. Além disso, há a credibilidade do empreendimento ser verificado e auditado por terceira parte, facilitando inclusive a venda de escritórios em edifícios corporativos, e como há demanda, a cadeia de prestadores de serviços e fabricantes de materiais da construção civil começa a evoluir para atender os projetos em certificação.

Vendo  por esse ângulo, não é difícil afirmar que certificações como o LEED e o WELL aceleram todo o processo de mudança de paradigmas e na transformação positiva do setor da construção civil e de empresas. As certificações sempre estarão a alguns passos do que se entende hoje por eficiência, impactos socioambientais, economia, qualidade de vida, saúde e bem-estar. Quem sabe daqui a alguns anos todo esse conceito já não estará tão assimilado e permeado por todos os profissionais e aí sim as boas práticas serão introduzidas nas edificações e escritórios inconscientemente. E se me perguntarem “Por que?” não hesitarei em responder que é porque será a única forma que conheceremos de construir e criar ambientes pensando nos ocupantes, meio ambiente e sociedade.

Abraços e até a próxima.

Obs. Não deixe de comentar!

Eduardo Straub

Sócio-Proprietário da StraubJunqueira

Consultoria Especializada em Construção Sustentável e Qualidade de Vida, Saúde e Bem-Estar

 

Como melhorar a produtividade dos seus colaboradores, em 5 etapas!

 

Se ao analisar o custo do ciclo de vida de uma edificação, ou seja, desde o momento da concepção do projeto até sua demolição, e entender que de todo o dinheiro investido 2% são para as fases de projeto e construção, 6% para a fase de operação e manutenção e 92% relativos aos pagamentos de salários e encargos dos ocupantes e colaboradores, fica claro que o melhor investimento que se pode fazer é nas pessoas que ocupam e trabalham no edifício e nos escritórios. E quando se fala em investimento para colaboradores, fala-se em qualidade de vida, saúde e bem-estar. Por isso, listamos o que sua empresa pode fazer para aumentar a produtividade e melhorar o desempenho dos seus funcionários em 5 etapas.

 

ETAPA 1 – SAÚDE

Quem consegue desenvolver o seu trabalho e desempenhar o melhor da sua função com problemas de saúde? Construa, adapte ou faça melhorias nos ambientes internos do seu edifício ou escritório para promover um ambiente mais saudável para os seus colaboradores.

  • Monitore e controle a qualidade do ar dentro dos ambientes;
  • Garanta a qualidade da água entregue para consumo humano;
  • Adeque a qualidade da iluminação para atender o ritmo circadiano dos seus colaboradores;
  • Implemente políticas de alimentação saudável e atividades físicas;

 

ETAPA 2 – BEM-ESTAR

A síndrome do edifício doente (SED) é relacionada quando os ocupantes apresentam alguns sintomas ao permanecer no interior da edificação, porém, a simples saída do local já é suficiente para que os sintomas desapareçam. Promova o bem-estar dos seus colaboradores seguindo algumas estratégias como:

  • Ajuste os níveis de iluminação natural e artificial nas mesas de trabalho;
  • Faça o controle e monitoramento da umidade e temperatura interna;
  • Implemente um plano para minimizar os níveis de ruídos;
  • Evite que odores façam parte do ambiente de trabalho;
  • Promova a biofilia e beleza no local;

 

ETAPA 3 – QUALIDADE DE VIDA

Permita condições aos seus colaboradores além do simplesmente “trabalhar para viver” ou “viver para trabalhar”.

  • Crie e implemente políticas de trabalho, viagem, sono e suporte à família dos seus colaboradores;
  • Estabeleça um programa para que seus funcionários saibam administrar suas finanças;

 

 

 

ETAPA 4 – FELICIDADE

Segundo Dalai Lama, “A felicidade não é algo que vem pronto, é um resultado de suas ações”. Frase simples, forte e honesta. A felicidade é determinada por um conjunto de fatores e só conseguiremos realmente atendê-la se também tivermos atendido nossas expectativas em relação a nossa saúde, bem-estar e qualidade de vida.

  • Implemente programas para que seus colaboradores busquem seu altruísmo;
  • Crie um ambiente que desperte o sentimento de pertencimento nas pessoas;
  • Permita que seus funcionários se socializem no trabalho;

 

ETAPA 5 – ENGAJAMENTO

O engajamento também é o envolvimento e interação das pessoas em relação ao seu trabalho. E para que os seus colaboradores estejam engajados em suas funções e em relação à empresa é preciso que eles se sintam bem e estejam felizes. Além disso,

  • Evite tensões com seus colaboradores;
  • Detecte suas capacidades mais produtivas;
  • Empodere e descubra o potencial de cada um;
  • Coloque-os em posição de influência;
  • Compartilhe o sucesso da empresa;

 

Como pudemos observar nesse texto, para que realmente tenhamos um ambiente produtivo é preciso atender a todas as etapas. Pode-se por exemplo atender apenas a Etapa 1 – Saúde, porém, não espere que o desempenho dos seus colaboradores seja o mesmo de uma empresa que atende as 5 etapas.

E se todas as etapas forem atendidas, então a produtividade dos seus colaboradores no ambiente de trabalho virá através da:

  1. Redução do absenteísmo por motivos de saúde;
  2. Redução do absenteísmo por motivos familiares;
  3. Redução do presenteísmo;
  4. Redução do mau humor e comportamento;
  5. Redução do turnover e aumento da retenção de talentos;

 

Obrigado e até a próxima!

StraubJunqueira

 

Você se preocupa com os agrotóxicos, na sua alimentação? É hora de começar a pensar nisto!

Outro dia ouvi de alguém que nós, brasileiros, consumimos em média 4 litros de agrotóxicos por ano. Não sou engenheiro agrônomo e, honestamente, não entendo mais sobre agrotóxicos do que qualquer pessoa que conheço. Mas confesso que achei bem alto esse número e resolvi dar uma pesquisada para sondar se esse dado é real.

Vou fazer um breve resumo de tudo o que eu li e deixar você tirar suas conclusões.

Segundo o dossiê ABRASCO, 70% dos alimentos in-natura estão contaminados com agrotóxicos. Sendo que a ANVISA alerta que 28% contém substâncias não autorizadas. (EL PAÍS, 2015)

A OMS associa a substância glifosato ao câncer e, segundo o IBAMA, essa foi a substância mais vendida no Brasil em 2013. Mais! Uma pesquisadora sênior do MIT, Stephanie Seneff , alerta que o glifosato será o responsável por termos mais de 50% das crianças autistas até 2025. (THEMINDUNLEASHED, 2014).

Outra substância é o 2,4-diclorofenoxiacético, que é um dos ingredientes do chamado “agente laranja”, que foi pulverizado pelos Estados Unidos durante a Guerra do Vietnã, e que deixou sequelas em uma geração de crianças que, ainda hoje, nascem deformadas, sem braços e pernas. Essa substância tem seu uso permitido no Brasil e está sendo reavaliada pela Anvisa desde 2006. Ou seja, faz quase dez anos que ela está em análise inconclusa.(EL PAÍS, 2015)

A venda de agrotóxicos no Brasil em 2010 teve um aumento de 190% em comparação a 2009. Isso significa que cada brasileiro consome cerca de cinco quilos de venenos agrícolas por ano. Os dados fazem parte de um estudo da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), baseado em informações disponibilizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). (EBC, 2012)

Segundo um levantamento da Anvisa, o pimentão é a hortaliça mais contaminada por agrotóxicos (segundo a Agência, 92% pimentões estudados estavam contaminados), seguido do morango (63%), pepino (57%), alface (54%), cenoura (49%), abacaxi (32%), beterraba (32%) e mamão (30%). Há diversos estudos que apontam que alguma substâncias estão presentes, inclusive, no leite materno. (EL PAÍS, 2015)

Mais de 30 tipos de pesticidas proibidos na União Europeia continuam a ser usados no Brasil, como o endosulfan, clorado que se aloja na gordura e, por isso, pode ser encontrado inclusive no leite materno. Mesmo com o uso de EPIs, é impossível estar imune a esses produtos, acentua Wanderlei Pignati. (IHU, 2013)

Engraçado que ao ler a parte dos EPIs no parágrafo acima, me lembrei de uma outra matéria que li no ano passado sobre a relação entre suicídios e agrotóxicos entre os produtores de tabaco no Rio Grande do Sul. Acontece que as empresas fumageiras “orientam” corretamente os agricultores sobre o uso de EPIs na aplicação do agrotóxico, porém…

“o agrotóxico, para fazer efeito, tem que ser aplicado quando tem sol, naqueles calorões infernais de novembro. O suor embaça os óculos (do equipamento), a máscara sufoca, falta ar. A luva prejudica a coordenação motora fina”, conta Mateus Rossato, 35 anos, que trabalhou na lavoura da família dos 12 aos 20 anos, em Nova Palma, a 224 km da capital gaúcha. ( G1, 2016)

O MMA traz uma publicação sobre agrotóxicos e menciona parte da Lei 7.802/89 que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins. (MMA)

Vale ler também uma matéria do O GLOBO em que publicarei apenas a manchete aqui. “Brasil fiscaliza agrotóxico só em 13 alimentos, enquanto EUA e Europa analisam 300”. (O GLOBO, 2014)

Por fim, para não dizerem que tenho apenas um lado, tem uma publicação que desmistifica que ingerimos 5,2 litros de agrotóxicos por ano e que os cálculos feitos por quem chegou nesse resultado são grosseiros. (VEJA, 2015 – Caçador de Mitos).

Mas a pergunta que fica é “O que podemos fazer? Estamos rendidos?”

O capítulo de Qualidade da Água para consumo humano do WELL traz uma pesquisa feita pelo U.S. Geological Survey de 1990 que aponta pesticidas em todos os rios de áreas agrícolas, urbanas e em 30% a 60% das águas subterrâneas. Essas substâncias podem contaminar os sistemas de abastecimento de água e de drenagem. A estratégia é utilizar filtros de carbono para eliminar substâncias como a Atrazina, associada a problemas endócrinos e cardiovasculares. Simazina, Glifosato, Nitrato e 2,4-diclorofenoxiacético.

Outra tendência mundial são os Urban Farmings, em que as pessoas criam hortas nas cidades para abastecimento próprio. Já há casos de restaurantes produzindo seus próprios alimentos para servir a seus clientes. O WELL traz no capítulo de alimentação que não há pesquisas conclusivas sobre os efeitos na saúde ao se consumir alimentos orgânicos e não orgânicos, porém, estudos apontam que há níveis mais altos de antioxidantes e níveis mais baixos de pesticidas e de bactérias resistentes a antibióticos em alimentos orgânicos comparados aos convencionais.

Sem dúvidas esse será um dos nossos grandes desafios. Como produzir alimentos mais saudáveis e em grandes quantidades?

Dependemos de ações mais assertivas por parte do governo e de estudos mais conclusivos por parte da academia e das empresas fabricantes. No entanto, o jeito por enquanto é irmos traçando nossas próprias estratégias para minimizar o problema. Qual é a sua?

Abraços e até a próxima.

Obs. Não deixe de comentar!

Eduardo Straub

Você se preocupa com a qualidade do ar dentro do seu escritório?

Um estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que 92% da população mundial vive em áreas com níveis de contaminação acima do recomendado. Segundo o IWBI – International WELL Building Institute, a poluição do ar é a número 1 das causas de mortalidade prematura com 7 milhões no mundo ou 1/8 das mortes prematuras global. No BRASIL são 41,7 mil mortes por ano.

A má qualidade do ar está associada a problemas de saúde como asma, alergias, dores de cabeça, câncer de pulmão, irritações de garganta, nariz e olhos, dentre muitos outros. A CETESB monitora de perto a qualidade do ar externo no Estado de São Paulo e você pode conferir nesse LINK.

Mas e a qualidade do ar dentro do seu escritório? Você sabe como ela está?

O ar interno das edificações pode ser degradado devido a má qualidade do ar externo e a baixa ventilação desses ambientes expõe as pessoas a presença de COVs (Compostos Orgânicos Voláteis), PAHs (Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos), micróbios, particulados, ozônio, monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e UFA! Além disso, a baixa qualidade da ventilação permite que o ambiente seja ocupado pelo CO2. Sabe aquela dor de cabeça no fim do dia ou aquele cansaço extremo que não te deixa focar no trabalho? Prazer, CO2.

Mas o que podemos fazer para melhorar a qualidade do ar? Podemos juntar as mãos para o céu e rogar um “Livrai-nos do Mal” ou podemos adotar algumas boas práticas como:

  1. Monitorar e controlar a qualidade do ar interno utilizando equipamentos que meçam o CO2, ozônio, temperatura, umidade e particulados.
  2. Ter certeza que o seu sistema de ar condicionado tem renovação do ar e que a taxa de renovação atende a densidade de pessoas do seu escritório.
  3. Fumar dentro de ambientes fechados já é proibido por lei, contudo é preciso advertir as pessoas para que fumem longe de aberturas como portas e janelas e das tomadas de ar externo do sistema de ar condicionado.
  4. Ainda sobre a entrada de ar externo do sistema de ar condicionado, tenha certeza que o mesmo não está em local onde há passagem de veículos, perto de fontes contaminantes e que ele não esteja obstruído.
  5. Instalar filtros finos no sistema de ar condicionado para reter os particulados. (E não esquecer da manutenção).
  6. Fazer a limpeza periódica dos dutos do sistema de ar condicionado.
  7. Quando for fazer reformas ou reparos no escritório, utilizar produtos como tintas, colas, adesivos e selantes que tenham baixo COV – Composto Orgânico Volátil.
  8. Fazer inspeções periódicas nos ambientes para verificar a presença de mofo e controlar a umidade internamente para que fique entre 40% e 60%.
  9. Ter um bom capacho na entrada do edifício e/ou escritório para que as pessoas não levem a sujeira da rua para dentro dos ambientes.
  10. Utilizar produtos de limpeza e pesticidas menos agressivos para a saúde humana.
  11. Ao abrir a janela do escritório, ter certeza que a qualidade do ar externo está boa e não contaminará os ambientes internos.

São procedimentos simples, porém que deixamos de lado no dia a dia. Adotar políticas para verificar e corrigir os problemas encontrados é uma ótima maneira de controlar a qualidade interna do ar dentro do seu escritório.

Abraços e até a próxima.

Obs. Não deixe de comentar!

Eduardo Straub

Sócio-Proprietário da StraubJunqueira

Consultoria Especializada em Construção Sustentável e Qualidade de Vida, Saúde e Bem-Estar

Veja 6 formas de como motivar seus colaboradores

Muito se fala de engajamento de colaboradores. Mas o que, de fato, podemos fazer para trazer um ambiente de trabalho mais saudável e mais produtivo?

Antes, vamos entender um pouco como está a motivação dos trabalhadores no mundo. Uma pesquisa recente, realizada pela PwC, Gallup e Linkedin, mostra que 63% dos CEOs estão preocupados com a disponibilidade das pessoas para as posições chave, 85% da mão de obra global está ativamente ou passivamente buscando por novas posições e 87% da mão de obra global está desengajada ou ativamente desengajada. Em outras palavras, está complicado encontrar as pessoas certas, mais difícil ainda é manter as pessoas nas empresas e ainda por cima é preciso deixar os colaboradores motivados.

Uma outra pesquisa realizada pela Gallup traz que somente 16% da mão de obra alemã está engajada, o absenteísmo é 67% maior em colaboradores extremamente desengajado, em comparação com os engajados, e somente 16% dos empregados desengajados recomendariam os produtos ou serviços de suas empresas. Resultado, a mão de obra ativamente desengajada na Alemanha vem causando um prejuízo entre 75 e 100 bilhões de Euros anualmente por perda de produtividade.

No Brasil, um estudo de 2012 mostra que o engajamento da mão de obra brasileira é de 27% contra 62% de desengajamento e 12% de ativamente desengajado.

Fonte: Gallup, 2012.

Mesmo o Brasil estando acima da média global na questão do engajamento e na terceira posição, considerando as Américas do Sul e Central, ainda há um longo caminho a ser percorrido pelo empresariado para estimular seus colaboradores a serem mais produtivos. Abaixo, vamos listar 6 formas para motivar seus colaboradores.

  1. Tenha um Escritório e Ambiente Saudável

Crie um ambiente de trabalho que propicie o bem-estar, qualidade de vida e saúde dos seus colaboradores. Faça pequenas melhorias no seu escritório ou ambiente interno para proporcionar uma melhor qualidade do ar, da água, iluminação e conforto para os seus empregados. Além disto, implemente políticas que estimulem os seus colaboradores a praticarem atividades físicas, se alimentarem adequadamente e restaurarem sua saúde mental.

  1. Evite Tensões

Ao invés de criar tensões com seus colaboradores, tente encorajá-los. Busque formas que permitam que seus funcionários utilizem suas melhores habilidades e características. Quando os funcionários são incentivados a serem eles mesmos e não o que os outros querem que eles sejam, eles começam a abraçar uma atitude empreendedora que não estava sendo alavancada anteriormente.

  1. Detecte a Capacidade mais positiva nos seus Colaboradores

Todos querem apreciar suas funções e trabalho, dessa forma, permita que seus colaboradores se envolvam com o negócio de forma a gerar os resultados que você precisa, dando-lhes a flexibilidade para navegar e explorar como eles podem melhor contribuir para a sua empresa.

  1. Empodere e Descubra o Potencial dos seus Colaboradores

Coloque seus funcionários em situações que irão fortalecer sua autoconfiança. Parece simples, porém, é preciso observar, permitir falhas e ajudar a resolver os problemas que aparecerem enquanto eles exploram suas possibilidades.

  1. Coloque seus Colaboradores em Posição de Influência

Além de empoderar seus funcionários, coloque-os em posição de influência para ver como eles regem em novas funções. Observe como eles lideram e cooperam com os outros colaboradores, lembrando-se que os mais engajados, são aqueles em quem os líderes mais confiam.

  1. Compartilhe o Sucesso da Empresa com seus Colaboradores

Compartilhar o sucesso da empresa com seus funcionários e fazer com que se sintam uma parte importante de suas realizações é um sinal de confiança, que estimula o engajamento de forma orgânica.

Observando as 6 formas acima para estimular o engajamento dos colaboradores, percebe-se que os itens 2 a 6 são resultantes da influência dos líderes do seu escritório e a única forma de estímulo para aumento de produtividade, através de melhorias na qualidade de vida, saúde e bem-estar, é o item 1.

Criar ambientes internos de escritórios saudáveis é a melhor forma de diminuir o absenteísmo por motivos de saúde e aumentar o engajamento e produtividade através de melhorias no ambiente construído. E para que vocês entendam um pouco mais como vemos este processo, vamos deixá-los com a figura abaixo.

Obrigado e até a próxima!

StraubJunqueira

Escritórios saudáveis são mais produtivos

Desde o início do milênio, o setor da construção civil vem vivenciando uma transformação em como projetar e construir de maneira a mitigar os impactos negativos no meio ambiente, na mobilidade urbana, no uso de materiais e produtos e, principalmente, na redução dos custos operacionais com a eficiência hídrica e energética.

Os conceitos e as certificações para greenbuildings vem subindo a régua a cada ano. Porém, uma pergunta ficou. “Ótimo, estamos construindo de forma mais sustentável. Mas e as pessoas que habitam as edificações? Estamos preocupados com elas?”

Bem, a resposta veio em Outubro de 2014 com a certificação WELL.

Vou abrir um parêntese para dizer que nesse artigo não pretendo escrever sobre o que é a certificação WELL, mas qual a relação entre saúde e produtividade. Contudo, se você quiser saber mais sobre o WELL e seus conceitos, deixo alguns links de outras publicações que fiz a respeito logo abaixo da minha assinatura em Qualidade de Vida, Saúde e Bem-Estar.

A figura abaixo traduz bem onde eu quero chegar. Ou seja, em ambientes em que as pessoas sentem-se mais saudáveis tanto física quanto mentalmente gera um maior bem-estar, eleva a qualidade de vida, traz mais felicidade, aumenta o engajamento e, consequentemente, faz com que todos os ocupantes fiquem mais produtivos. E quando falamos em produtividade, também falamos em absenteísmo, presenteísmo e de retorno financeiro para o investidor.

Um estudo intitulado como “O Impacto do Bem-Estar nos Custos e no Desempenho Organizacional” mostra que se for aumentado em 10% o bem-estar dos colaboradores, isso resulta em um aumento de 5% na performance no trabalho e de 6% de melhores dias de trabalho. Além disso, há uma redução de 5% de abstenções no trabalho não agendadas, 16% de idas a salas de emergências, de 20% em entradas em hospitais, 24% de redução no presenteísmo, 60% com custos médicos e 66% com custos de prescrições médicas. Lembrando que os planos de saúde são o 2º maior encargo na folha de pagamento das empresas.

A Gallup também fez uma análise em mais de 250 pesquisas e estudos, cobrindo mais de 200 organizações e comparou os colaboradores mais engajados com os menos engajados. O resultado foi que os colaboradores mais engajados são 22% mais lucrativos para as empresas, 21% mais produtivos, são 10% melhor avaliados pelos clientes, faltam 37% menos no trabalho, a qualidade do trabalho é superior, a rotatividade desses profissionais nas empresas caem em 45% e são menos propensos a sofrer acidentes de trabalho. Além disso, com funcionários mais engajados e produtivos, as empresas ficam mais enxutas, não necessitando contratar mais de uma pessoa para determinada tarefa.

Por fim, quero deixar uma reflexão. Pesquisas realizadas recentemente pelo PwC, Linkedin e Gallup mostram que o mercado de trabalho está desengajado e buscando por novas oportunidades. Ou seja, está difícil recrutar, mais difícil ainda em reter os talentos e, principalmente, complicado de manter o colaborador engajado.

Empresas sólidas tem um time de colaboradores engajados e produtivos. Por isso que a saúde dos escritórios e dos espaços internos das edificações é um passo importante para que tudo isso aconteça. No fundo mostra a relação e confiança que as empresas tem junto aos seus funcionários. Outro dia li aqui mesmo no Linkedin uma publicação em que diziam que não existe mais o B2B e B2C, agora é o H2H (Human To Human)… achei isso bem real e verdadeiro.

Abraços e até a próxima.

Obs. Não deixe de comentar!

Eduardo Straub

Sócio-Proprietário da StraubJunqueira

Consultoria Especializada em Construção Sustentável e Qualidade de Vida, Saúde e Bem-Estar