O futuro dos espaços de trabalho

      Em nossa prática profissional temos discutido com nossos clientes ideias e tendências relacionadas ao futuro dos espaços de trabalho e escritórios e como isso deverá influenciar os projetos de empreendimentos corporativos nas próximas décadas.

      Entendemos que podemos moldar hoje o futuro do espaço de trabalho com base em 5 pilares principais: (1) Mobilidade, (2) Flexibilidade, (3) Colaboração, (4) Sustentabilidade, (5) Saúde e Bem-Estar e Qualidade de Vida.

      Arquitetos e incorporadores de edifícios e espaços corporativos, sejam eles especulativos ou Built to suit têm a oportunidade de influenciar decisões chave de projeto que prepararão as bases para que os ocupantes futuros possam criar condições adequadas aos seus espaços de trabalho. Algumas das questões que entendemos serão fundamentais na criação dos espaços de trabalho nas próximas décadas são resumidos nos 5 pilares:

  1. Mobilidade

      A busca por qualidade de vida e menos tempo gasto em deslocamentos demanda formas de trabalho descentralizadas, redução de custos fixos de escritório e prática de home office, cuja tendência é se tornar mais comum.

      A tecnologia das comunicações irá tornar deslocamentos até o escritório cada vez menos necessários. O espaço físico de trabalho do futuro deve estimular o funcionário a frequentar esses espaços fornecendo múltiplos usos locais, como academias, comércio, creches, espaços de co-working e equipamentos culturais. A mistura entre público e privado em espaços comuns fará parte dessa transformação, convidando a população maior a utilizar e manter vivos esses equipamentos também fora do horário comercial. O edifício corporativo se torna multiuso, com térreo e embasamento integrado com a malha urbana pública em contraposição ao lobby privativo vasto e sem função social e comercial.

  1. Flexibilidade

     A força de trabalho se torna cada vez mais multicultural, diversa em faixas etárias e em necessidades cada vez menos padronizadas. Uma população heterogênea deve ter condições de ocupar espaços de escritórios flexíveis, adaptáveis às necessidades individuais. A retenção de funcionários no futuro dependerá também do bem-estar físico dos indivíduos. Os espaços não são mais vistos como um bem imóvel da corporação, mas como uma ferramenta de estímulo à criatividade e produtividade. Instalações com de task lighting (iluminação individual de tarefa), task cooling (insuflamento de ar pelo piso, conectado às estações de trabalho), task based seatting (flexibilidade de assentos), além de elementos sombreadores internos e externos, auxiliam no controle individual de conforto térmico, lumínico e de ofuscamento, além de proporcionarem redução de energia em operação. O incorporador de produtos especulativos tem a oportunidade de oferecer infraestrutura para que sistemas com operação individualizada possam ser explorados pelos ocupantes.

  1. Colaboração

     Cada vez menos, escritórios se parecem com uma série de caixas isoladas sem comunicação. A tendência futura é a integração física entre departamentos e áreas distintas das empresas. Permitir comunicação e encontro entre funcionários de áreas diversas, afeta diretamente o resultado dos processos produtivos, estimula a cooperação e a criatividade. O incorporador pode fornecer as bases para esse processo ao pensar projetos capazes de estimularem a comunicação entre os usuários, que possuam espaços de convivência e conexão entre o interno e externo, que facilitem o encontro informal entre funcionários.

  1. Sustentabilidade

     Assim como ocorreu em muitos países do mundo, os sistemas de certificação tornam-se commodities de projeto, e muito mais exigentes ao passar dos anos. Um projeto que há alguns anos atrás foi classificado como LEED Platinum, possivelmente seria hoje certificado como Silver. A disseminação dos sistemas de certificação fará com que a real operação eficiente de um edifício seja cada vez mais valorizada e que as exigências quanto à eficiência energética sejam cada vez maiores. O incorporador que tiver maior controle sobre decisões que envolvem fachadas, equipamentos de ar-condicionado e sistemas luminotécnico de forma a compor um sistema integrado terá mais sucesso nesse processo. O escopo de entrega típico de um incorporador de edifícios especulativos deverá ser revisto, uma vez que assumir responsabilidade pelo planejamento e entrega de sistemas que afetam o consumo energético é a melhor forma de se obter sucesso na busca por eficiência energética e conforto térmico. Os edifícios de escritório tendem a observar maior valorização de elementos de eficiência de fachadas, além da exploração de sistemas de ar-condicionado de menor consumo, como as centrais de Água gelada com distribuição de ar VAV, insuflamento pelo piso ou vigas geladas (chilled beams).

      Somado a isso, uma pesquisa da “Lightspeed” mostrou que 9 em cada 10 jovens da geração Y acham importante trabalhar para uma empresa comprometida com a sustentabilidade. Levando em consideração que a geração Y passa a ser a geração dominante dentro das empresas, esse pensamento também reflete diretamente nos espaços de trabalho.

  1. Saúde e bem-estar e qualidade de vida

      Essas preocupações estão diretamente ligadas às anteriores. Passamos mais de 90% do tempo em ambientes fechados e, de acordo com uma pesquisa do WGBC (World Green Building Council) na composição do custo de ciclo de vida de uma edificação comercial, 8% representam somados os custos com construção, operação e manutenção, os outros 92% são as pessoas que ocupam esses edifícios, entre salários e benefícios. Olhando por esse foco, faz muito sentindo planejar ambientes que proporcionem melhor qualidade de vida, saúde e bem-estar para as pessoas. Imagine o quanto uma empresa não pode economizar em sinistralidades médicas, absenteísmo, presenteísmo, turnovers e despesas jurídicas se o local de trabalho for pensado cuidadosamente na saúde (física e mental) de seus colaboradores!

      Desenvolver projetos que quebrem o ciclo das facilidades modernas de ter tudo “a mão”, e que estimule o uso de escadas e faça as pessoas percorrem distancias mais longas internamente, são fatores que também contribuem para a melhoria da saúde física.

      Por fim, devemos lembrar sempre que existe uma relação indissociável entre a sustentabilidade e a busca do bem-estar. Afinal estamos sempre falando de pessoas; os negócios (sustentáveis ou não) são gerados por pessoas e entre pessoas, da mesma forma que espaços são projetados (sustentáveis ou não) por pessoas para pessoas. É redundante, mas na prática é assim que funciona, e pensar em projetos sustentáveis é também pensar nas pessoas que os ocupam e na geração de novos negócios que eles podem trazer. Quanto melhor as condições físicas do espaço ocupado, com qualidade acústica, iluminação com cor adequada às atividades para cada tipo de ambiente, ergonomia ou taxas de renovação de ar elevadas, mais produtivos e engajados os ocupantes estarão para gerar novos negócios.

      Portanto, quando falamos de sustentabilidade e saúde e bem-estar dentro dos espaços, são vários os fatores que influenciam os ocupantes, desde a forma como eles se deslocam para o local e no local, a forma como os layouts são dimensionados e distribuídos, e preocupações com a qualidade desses espaços como o conforto acústico, lumínico, ergonomia, qualidade da água e do ar, entre outros.

      Nessa linha, o USGBC (United States Green Building Council) vem disseminando (assim como ocorreu com o sistema LEED nos últimos anos) o sistema de certificação WELL, baseado nas melhores práticas em conforto ambiental, saúde e bem-estar de espaços construídos. Com vista nos novos desafios no processo de projeto de espaços corporativos, entendemos que a certificação WELL está para o início do século 21, assim como o LEED esteve presente (e ainda está) na transformação de mercado nas últimas décadas.

Texto escrito por: Marcelo Nudel, sócio-diretor da Ca2 Consultores Ambientais Associados, e Luiza Junqueira, sócia- diretora da StraubJunqueira. Ambas empresas membros do GBC Brasil.

Artigo originalmente veiculado por GBC Brasil em:  https://goo.gl/ddz4Dn

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Você se preocupa com os agrotóxicos, na sua alimentação? É hora de começar a pensar nisto!

Outro dia ouvi de alguém que nós, brasileiros, consumimos em média 4 litros de agrotóxicos por ano. Não sou engenheiro agrônomo e, honestamente, não entendo mais sobre agrotóxicos do que qualquer pessoa que conheço. Mas confesso que achei bem alto esse número e resolvi dar uma pesquisada para sondar se esse dado é real.

Vou fazer um breve resumo de tudo o que eu li e deixar você tirar suas conclusões.

Segundo o dossiê ABRASCO, 70% dos alimentos in-natura estão contaminados com agrotóxicos. Sendo que a ANVISA alerta que 28% contém substâncias não autorizadas. (EL PAÍS, 2015)

A OMS associa a substância glifosato ao câncer e, segundo o IBAMA, essa foi a substância mais vendida no Brasil em 2013. Mais! Uma pesquisadora sênior do MIT, Stephanie Seneff , alerta que o glifosato será o responsável por termos mais de 50% das crianças autistas até 2025. (THEMINDUNLEASHED, 2014).

Outra substância é o 2,4-diclorofenoxiacético, que é um dos ingredientes do chamado “agente laranja”, que foi pulverizado pelos Estados Unidos durante a Guerra do Vietnã, e que deixou sequelas em uma geração de crianças que, ainda hoje, nascem deformadas, sem braços e pernas. Essa substância tem seu uso permitido no Brasil e está sendo reavaliada pela Anvisa desde 2006. Ou seja, faz quase dez anos que ela está em análise inconclusa.(EL PAÍS, 2015)

A venda de agrotóxicos no Brasil em 2010 teve um aumento de 190% em comparação a 2009. Isso significa que cada brasileiro consome cerca de cinco quilos de venenos agrícolas por ano. Os dados fazem parte de um estudo da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), baseado em informações disponibilizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). (EBC, 2012)

Segundo um levantamento da Anvisa, o pimentão é a hortaliça mais contaminada por agrotóxicos (segundo a Agência, 92% pimentões estudados estavam contaminados), seguido do morango (63%), pepino (57%), alface (54%), cenoura (49%), abacaxi (32%), beterraba (32%) e mamão (30%). Há diversos estudos que apontam que alguma substâncias estão presentes, inclusive, no leite materno. (EL PAÍS, 2015)

Mais de 30 tipos de pesticidas proibidos na União Europeia continuam a ser usados no Brasil, como o endosulfan, clorado que se aloja na gordura e, por isso, pode ser encontrado inclusive no leite materno. Mesmo com o uso de EPIs, é impossível estar imune a esses produtos, acentua Wanderlei Pignati. (IHU, 2013)

Engraçado que ao ler a parte dos EPIs no parágrafo acima, me lembrei de uma outra matéria que li no ano passado sobre a relação entre suicídios e agrotóxicos entre os produtores de tabaco no Rio Grande do Sul. Acontece que as empresas fumageiras “orientam” corretamente os agricultores sobre o uso de EPIs na aplicação do agrotóxico, porém…

“o agrotóxico, para fazer efeito, tem que ser aplicado quando tem sol, naqueles calorões infernais de novembro. O suor embaça os óculos (do equipamento), a máscara sufoca, falta ar. A luva prejudica a coordenação motora fina”, conta Mateus Rossato, 35 anos, que trabalhou na lavoura da família dos 12 aos 20 anos, em Nova Palma, a 224 km da capital gaúcha. ( G1, 2016)

O MMA traz uma publicação sobre agrotóxicos e menciona parte da Lei 7.802/89 que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins. (MMA)

Vale ler também uma matéria do O GLOBO em que publicarei apenas a manchete aqui. “Brasil fiscaliza agrotóxico só em 13 alimentos, enquanto EUA e Europa analisam 300”. (O GLOBO, 2014)

Por fim, para não dizerem que tenho apenas um lado, tem uma publicação que desmistifica que ingerimos 5,2 litros de agrotóxicos por ano e que os cálculos feitos por quem chegou nesse resultado são grosseiros. (VEJA, 2015 – Caçador de Mitos).

Mas a pergunta que fica é “O que podemos fazer? Estamos rendidos?”

O capítulo de Qualidade da Água para consumo humano do WELL traz uma pesquisa feita pelo U.S. Geological Survey de 1990 que aponta pesticidas em todos os rios de áreas agrícolas, urbanas e em 30% a 60% das águas subterrâneas. Essas substâncias podem contaminar os sistemas de abastecimento de água e de drenagem. A estratégia é utilizar filtros de carbono para eliminar substâncias como a Atrazina, associada a problemas endócrinos e cardiovasculares. Simazina, Glifosato, Nitrato e 2,4-diclorofenoxiacético.

Outra tendência mundial são os Urban Farmings, em que as pessoas criam hortas nas cidades para abastecimento próprio. Já há casos de restaurantes produzindo seus próprios alimentos para servir a seus clientes. O WELL traz no capítulo de alimentação que não há pesquisas conclusivas sobre os efeitos na saúde ao se consumir alimentos orgânicos e não orgânicos, porém, estudos apontam que há níveis mais altos de antioxidantes e níveis mais baixos de pesticidas e de bactérias resistentes a antibióticos em alimentos orgânicos comparados aos convencionais.

Sem dúvidas esse será um dos nossos grandes desafios. Como produzir alimentos mais saudáveis e em grandes quantidades?

Dependemos de ações mais assertivas por parte do governo e de estudos mais conclusivos por parte da academia e das empresas fabricantes. No entanto, o jeito por enquanto é irmos traçando nossas próprias estratégias para minimizar o problema. Qual é a sua?

Abraços e até a próxima.

Obs. Não deixe de comentar!

Eduardo Straub

Turnover – Saiba como evitar a rotatividade e reter seus talentos

Uma pesquisa da Robert Half e publicada na EXAME aponta que a rotatividade dos trabalhadores brasileiros aumentou em 82%, no período de 2011 a 2014, contra 38% no mundo. Segundo a publicação, os principais motivos que levam os funcionários a deixarem seus empregos no Brasil são:

  • remuneração baixa e falta de reconhecimento (33%)
  • desmotivação (30%)
  • preocupação com o futuro da companhia (29%)
  • baixo equilíbrio entre trabalho e vida pessoal (26%)

 

No mundo todo, a média do turnover foi de 56%, enquanto que no Brasil as empresas tiveram dificuldade em reter 59% dos seus talentos.

Um artigo publicado pelo Marcílio Drummond, na Jusbrasil, mostra que perder colaboradores é sempre nocivo para uma organização, ainda mais quando se trata de bons funcionários. Além disso, diz ele, outro problema é que os empresários têm que arcar com os seguintes gastos:

  • rescisão do antigo profissional;
  • despesas de seleção do novo contratado;
  • disponibilizar outro profissional para treinamento e capacitação do novo colaborador.

Mas como evitar fatores que causam um alto índice de turnover e que estão diretamente ligados à motivação no ambiente de trabalho?

Bem, o artigo também lista algumas dicas para reduzir a rotatividade de colaboradores da sua empresa.

  1. Faça uma entrevista pessoal com o colaborador demitido ou que pediu demissão para entender o real motivo;
  2. Compare o salário que é oferecido pela sua empresa com outras similares e concorrentes;
  3. Perceba se sua empresa tem um plano de carreira claro e transparente;
  4. Observe como é feita a capacitação e reciclagem dos seus funcionários;
  5. Leia atentamente, se houver, as políticas de plantão de finais de semana, feriados e horas extras;
  6. Confira os atestados médicos;
  7. Leia ou faça pesquisas de clima na sua empresa.

 

Além dos pontos importantíssimos levantados acima e levando em conta que um ambiente de trabalho saudável influi e muito na decisão dos colaboradores em deixar ou não a empresa, faça-se também as seguintes perguntas:

Sua empresa…

  1. Possui políticas de trabalho, viagens, suporte a família, sono, saúde, alimentação e atividades físicas? Nos dias de hoje as pessoas não buscam apenas salário, mas outros benefícios que as permitam ter uma melhor qualidade de vida e serem mais saudáveis.
  2. Se preocupa com os indicadores de absenteísmo, presenteísmo e engajamento? Enquanto que o absenteísmo ocorre muitas vezes devido a problemas de saúde e familiares dos colaboradores, o presenteísmo atua no sentido de a pessoa estar de corpo presente no trabalho, porém seu pensamento está nas próximas férias. Já uma pessoa extremamente desengajada não só é improdutiva como também prejudica a empresa propositadamente.
  3. Promove uma qualidade do ar interna saudável e fornece água para consumo humano livre de contaminantes e gosto? Muitas vezes, pequenas intervenções no sistema de ventilação e ar condicionado, além de fornecimento de água potável para consumo com ótima qualidade são fatores que contribuem para diminuir o absenteísmo dos seus colaboradores por problemas de saúde e melhorar o rendimento no trabalho.
  4. Faz pesquisas de clima e de conforto? Entender como as pessoas se sentem no trabalho, se o mobiliário é confortável, se a iluminação está adequada, se a temperatura agrada a maioria, se os ruídos não estão atrapalhando a produtividade, são formas de prever a satisfação dos colaboradores como um todo e elaborar planos de correção e ação para estimular a produtividade e o engajamento dos seus funcionários.

Promova um ambiente saudável, mostre para seus colaboradores que a empresa está alinhada com suas metas pessoais e que está disposta a influenciar direta e indiretamente na sua saúde, qualidade de vida e bem-estar. Ninguém deixa seu posto e vai para um concorrente apenas por salário, muitos outros fatores são levados em consideração nessa transição. O baixo equilíbrio entre salário e vida pessoal é o responsável por 26% das mudanças de emprego. Por isso, saia na frente e retenha seus talentos. Nunca se esqueça, são eles a sua empresa.

Obrigado e até a próxima!

StraubJunqueira

Você se preocupa com a qualidade do ar dentro do seu escritório?

Um estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que 92% da população mundial vive em áreas com níveis de contaminação acima do recomendado. Segundo o IWBI – International WELL Building Institute, a poluição do ar é a número 1 das causas de mortalidade prematura com 7 milhões no mundo ou 1/8 das mortes prematuras global. No BRASIL são 41,7 mil mortes por ano.

A má qualidade do ar está associada a problemas de saúde como asma, alergias, dores de cabeça, câncer de pulmão, irritações de garganta, nariz e olhos, dentre muitos outros. A CETESB monitora de perto a qualidade do ar externo no Estado de São Paulo e você pode conferir nesse LINK.

Mas e a qualidade do ar dentro do seu escritório? Você sabe como ela está?

O ar interno das edificações pode ser degradado devido a má qualidade do ar externo e a baixa ventilação desses ambientes expõe as pessoas a presença de COVs (Compostos Orgânicos Voláteis), PAHs (Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos), micróbios, particulados, ozônio, monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e UFA! Além disso, a baixa qualidade da ventilação permite que o ambiente seja ocupado pelo CO2. Sabe aquela dor de cabeça no fim do dia ou aquele cansaço extremo que não te deixa focar no trabalho? Prazer, CO2.

Mas o que podemos fazer para melhorar a qualidade do ar? Podemos juntar as mãos para o céu e rogar um “Livrai-nos do Mal” ou podemos adotar algumas boas práticas como:

  1. Monitorar e controlar a qualidade do ar interno utilizando equipamentos que meçam o CO2, ozônio, temperatura, umidade e particulados.
  2. Ter certeza que o seu sistema de ar condicionado tem renovação do ar e que a taxa de renovação atende a densidade de pessoas do seu escritório.
  3. Fumar dentro de ambientes fechados já é proibido por lei, contudo é preciso advertir as pessoas para que fumem longe de aberturas como portas e janelas e das tomadas de ar externo do sistema de ar condicionado.
  4. Ainda sobre a entrada de ar externo do sistema de ar condicionado, tenha certeza que o mesmo não está em local onde há passagem de veículos, perto de fontes contaminantes e que ele não esteja obstruído.
  5. Instalar filtros finos no sistema de ar condicionado para reter os particulados. (E não esquecer da manutenção).
  6. Fazer a limpeza periódica dos dutos do sistema de ar condicionado.
  7. Quando for fazer reformas ou reparos no escritório, utilizar produtos como tintas, colas, adesivos e selantes que tenham baixo COV – Composto Orgânico Volátil.
  8. Fazer inspeções periódicas nos ambientes para verificar a presença de mofo e controlar a umidade internamente para que fique entre 40% e 60%.
  9. Ter um bom capacho na entrada do edifício e/ou escritório para que as pessoas não levem a sujeira da rua para dentro dos ambientes.
  10. Utilizar produtos de limpeza e pesticidas menos agressivos para a saúde humana.
  11. Ao abrir a janela do escritório, ter certeza que a qualidade do ar externo está boa e não contaminará os ambientes internos.

São procedimentos simples, porém que deixamos de lado no dia a dia. Adotar políticas para verificar e corrigir os problemas encontrados é uma ótima maneira de controlar a qualidade interna do ar dentro do seu escritório.

Abraços e até a próxima.

Obs. Não deixe de comentar!

Eduardo Straub

Sócio-Proprietário da StraubJunqueira

Consultoria Especializada em Construção Sustentável e Qualidade de Vida, Saúde e Bem-Estar

Veja 6 formas de como motivar seus colaboradores

Muito se fala de engajamento de colaboradores. Mas o que, de fato, podemos fazer para trazer um ambiente de trabalho mais saudável e mais produtivo?

Antes, vamos entender um pouco como está a motivação dos trabalhadores no mundo. Uma pesquisa recente, realizada pela PwC, Gallup e Linkedin, mostra que 63% dos CEOs estão preocupados com a disponibilidade das pessoas para as posições chave, 85% da mão de obra global está ativamente ou passivamente buscando por novas posições e 87% da mão de obra global está desengajada ou ativamente desengajada. Em outras palavras, está complicado encontrar as pessoas certas, mais difícil ainda é manter as pessoas nas empresas e ainda por cima é preciso deixar os colaboradores motivados.

Uma outra pesquisa realizada pela Gallup traz que somente 16% da mão de obra alemã está engajada, o absenteísmo é 67% maior em colaboradores extremamente desengajado, em comparação com os engajados, e somente 16% dos empregados desengajados recomendariam os produtos ou serviços de suas empresas. Resultado, a mão de obra ativamente desengajada na Alemanha vem causando um prejuízo entre 75 e 100 bilhões de Euros anualmente por perda de produtividade.

No Brasil, um estudo de 2012 mostra que o engajamento da mão de obra brasileira é de 27% contra 62% de desengajamento e 12% de ativamente desengajado.

Fonte: Gallup, 2012.

Mesmo o Brasil estando acima da média global na questão do engajamento e na terceira posição, considerando as Américas do Sul e Central, ainda há um longo caminho a ser percorrido pelo empresariado para estimular seus colaboradores a serem mais produtivos. Abaixo, vamos listar 6 formas para motivar seus colaboradores.

  1. Tenha um Escritório e Ambiente Saudável

Crie um ambiente de trabalho que propicie o bem-estar, qualidade de vida e saúde dos seus colaboradores. Faça pequenas melhorias no seu escritório ou ambiente interno para proporcionar uma melhor qualidade do ar, da água, iluminação e conforto para os seus empregados. Além disto, implemente políticas que estimulem os seus colaboradores a praticarem atividades físicas, se alimentarem adequadamente e restaurarem sua saúde mental.

  1. Evite Tensões

Ao invés de criar tensões com seus colaboradores, tente encorajá-los. Busque formas que permitam que seus funcionários utilizem suas melhores habilidades e características. Quando os funcionários são incentivados a serem eles mesmos e não o que os outros querem que eles sejam, eles começam a abraçar uma atitude empreendedora que não estava sendo alavancada anteriormente.

  1. Detecte a Capacidade mais positiva nos seus Colaboradores

Todos querem apreciar suas funções e trabalho, dessa forma, permita que seus colaboradores se envolvam com o negócio de forma a gerar os resultados que você precisa, dando-lhes a flexibilidade para navegar e explorar como eles podem melhor contribuir para a sua empresa.

  1. Empodere e Descubra o Potencial dos seus Colaboradores

Coloque seus funcionários em situações que irão fortalecer sua autoconfiança. Parece simples, porém, é preciso observar, permitir falhas e ajudar a resolver os problemas que aparecerem enquanto eles exploram suas possibilidades.

  1. Coloque seus Colaboradores em Posição de Influência

Além de empoderar seus funcionários, coloque-os em posição de influência para ver como eles regem em novas funções. Observe como eles lideram e cooperam com os outros colaboradores, lembrando-se que os mais engajados, são aqueles em quem os líderes mais confiam.

  1. Compartilhe o Sucesso da Empresa com seus Colaboradores

Compartilhar o sucesso da empresa com seus funcionários e fazer com que se sintam uma parte importante de suas realizações é um sinal de confiança, que estimula o engajamento de forma orgânica.

Observando as 6 formas acima para estimular o engajamento dos colaboradores, percebe-se que os itens 2 a 6 são resultantes da influência dos líderes do seu escritório e a única forma de estímulo para aumento de produtividade, através de melhorias na qualidade de vida, saúde e bem-estar, é o item 1.

Criar ambientes internos de escritórios saudáveis é a melhor forma de diminuir o absenteísmo por motivos de saúde e aumentar o engajamento e produtividade através de melhorias no ambiente construído. E para que vocês entendam um pouco mais como vemos este processo, vamos deixá-los com a figura abaixo.

Obrigado e até a próxima!

StraubJunqueira

Escritórios saudáveis são mais produtivos

Desde o início do milênio, o setor da construção civil vem vivenciando uma transformação em como projetar e construir de maneira a mitigar os impactos negativos no meio ambiente, na mobilidade urbana, no uso de materiais e produtos e, principalmente, na redução dos custos operacionais com a eficiência hídrica e energética.

Os conceitos e as certificações para greenbuildings vem subindo a régua a cada ano. Porém, uma pergunta ficou. “Ótimo, estamos construindo de forma mais sustentável. Mas e as pessoas que habitam as edificações? Estamos preocupados com elas?”

Bem, a resposta veio em Outubro de 2014 com a certificação WELL.

Vou abrir um parêntese para dizer que nesse artigo não pretendo escrever sobre o que é a certificação WELL, mas qual a relação entre saúde e produtividade. Contudo, se você quiser saber mais sobre o WELL e seus conceitos, deixo alguns links de outras publicações que fiz a respeito logo abaixo da minha assinatura em Qualidade de Vida, Saúde e Bem-Estar.

A figura abaixo traduz bem onde eu quero chegar. Ou seja, em ambientes em que as pessoas sentem-se mais saudáveis tanto física quanto mentalmente gera um maior bem-estar, eleva a qualidade de vida, traz mais felicidade, aumenta o engajamento e, consequentemente, faz com que todos os ocupantes fiquem mais produtivos. E quando falamos em produtividade, também falamos em absenteísmo, presenteísmo e de retorno financeiro para o investidor.

Um estudo intitulado como “O Impacto do Bem-Estar nos Custos e no Desempenho Organizacional” mostra que se for aumentado em 10% o bem-estar dos colaboradores, isso resulta em um aumento de 5% na performance no trabalho e de 6% de melhores dias de trabalho. Além disso, há uma redução de 5% de abstenções no trabalho não agendadas, 16% de idas a salas de emergências, de 20% em entradas em hospitais, 24% de redução no presenteísmo, 60% com custos médicos e 66% com custos de prescrições médicas. Lembrando que os planos de saúde são o 2º maior encargo na folha de pagamento das empresas.

A Gallup também fez uma análise em mais de 250 pesquisas e estudos, cobrindo mais de 200 organizações e comparou os colaboradores mais engajados com os menos engajados. O resultado foi que os colaboradores mais engajados são 22% mais lucrativos para as empresas, 21% mais produtivos, são 10% melhor avaliados pelos clientes, faltam 37% menos no trabalho, a qualidade do trabalho é superior, a rotatividade desses profissionais nas empresas caem em 45% e são menos propensos a sofrer acidentes de trabalho. Além disso, com funcionários mais engajados e produtivos, as empresas ficam mais enxutas, não necessitando contratar mais de uma pessoa para determinada tarefa.

Por fim, quero deixar uma reflexão. Pesquisas realizadas recentemente pelo PwC, Linkedin e Gallup mostram que o mercado de trabalho está desengajado e buscando por novas oportunidades. Ou seja, está difícil recrutar, mais difícil ainda em reter os talentos e, principalmente, complicado de manter o colaborador engajado.

Empresas sólidas tem um time de colaboradores engajados e produtivos. Por isso que a saúde dos escritórios e dos espaços internos das edificações é um passo importante para que tudo isso aconteça. No fundo mostra a relação e confiança que as empresas tem junto aos seus funcionários. Outro dia li aqui mesmo no Linkedin uma publicação em que diziam que não existe mais o B2B e B2C, agora é o H2H (Human To Human)… achei isso bem real e verdadeiro.

Abraços e até a próxima.

Obs. Não deixe de comentar!

Eduardo Straub

Sócio-Proprietário da StraubJunqueira

Consultoria Especializada em Construção Sustentável e Qualidade de Vida, Saúde e Bem-Estar

StraubJunqueira em evento com o VP do IWBI

Ontem, 17/05, participamos da palestra de Stephen Brow – Vice Presidente do IWBI (International Well Building Institute) – em evento fechado promovido pela Core Net Brasil.

Stephen explicou aos convidados os benefícios da nova Certificação Well e demonstrou alguns estudos de caso inovadores ao redor do planeta.

Após a palestra, nos reunimos com ele para conversar sobre o mercado brasileiro e projetos novos em andamento.

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Tendências para o Setor Residencial

Estamos de mudança! Uma mudança comportamental. E o caminhão baú que veio buscar nossas condutas já está lá fora. Ele chegou devagarzinho, ainda de madrugada, e aguardou até que o Sol tímido aparecesse para dizer que já era hora. Duas buzinadas foram o suficiente para nos acordar e nos fazer lembrar que ainda tínhamos que empacotar boa parte das nossas atitudes e maneiras de como vemos o mundo. A correria começou e o motorista, percebendo nossa agitação e receio, se mostrou impaciente.

Em uma palestra intitulada “Sair-se bem com atitudes verdes”, o professor Geoffrey Heal, da Columbia Business School, descreveu um experimento realizado em uma loja de departamentos em Manhattan. O estudo analisou dois conjuntos de toalhas feitos por marcas concorrentes, produzidos de forma sustentável, com algodão orgânico e mediante condições de comércio justo. Nenhuma informação a esse respeito foi dada inicialmente aos consumidores. Posteriormente, um dos conjuntos de toalha recebeu um “selo verde”, o que resultou em um aumento de 10% nas vendas. O volume de vendas só caiu para o nível antigo quando o preço desse mesmo jogo de toalhas subiu 20%. Os selos do primeiro conjunto foram então retirados e foi a vez do segundo receber a etiqueta que afirmava que o produto tinha sido produzido respeitando as normas de responsabilidade socioambiental. Assim como o primeiro, foi a vez do segundo ter suas vendas disparadas. (Corporação 2020, p.154)

Em média, 40% da população brasileira indica que a certificação ambiental é importante e aceita pagar até 10% mais caro por produtos com selos verdes, 36% acreditam que as etiquetas ambientais são capazes de certificar a sustentabilidade do processo produtivo da mercadoria, e 98% optariam por fornecedores de produtos certificados (Federação Brasileira de Bancos, 2010).

Uma pesquisa realizada pela CBIC em 2013 com 1.123 entrevistados de 23 estados brasileiros sobre diferenciais buscados em imóveis chegou no seguinte resultado:

Interessante ver que a economia não é o fator determinante para a compra de um imóvel. Um artigo bem interessante da Galeria da Arquitetura traz o conceito da arquitetura residencial nos dias de hoje. “Nas últimas décadas, novos ambientes ganharam destaque em projetos residenciais, como closets, home-office e academia, recebendo a mesma atenção dos tradicionais cômodos de uma casa. Nos apartamentos, o que vêm ganhando espaço são as varandas gourmet, vistas como um espaço ideal para reunir familiares e amigos.” Inclusive, se olharmos para os edifícios residenciais, hoje não basta mais somente um jardim bonito. O que as pessoas buscam é uma área externa com um jardim bonito, brinquedoteca, playground, salão de jogos, quadra poliesportiva, piscina, sala de ginástica com aparelhos modernos, spa, e por aí vai.

Engraçado que quando vejo isso, me vem à cabeça ‘Conforto! Conforto! Conforto! Sustentabilidade! Sustentabilidade! Sustentabilidade! Qualidade de vida! Qualidade de vida! Qualidade de vida!’

Mas lembre-se, estamos no final da nossa rua com nosso caminhão de mudanças e novas tendências surgirão ao dobrarmos a esquina.

“Os millennials estão aí!” Ouvimos sempre como se fosse algo com que, ou quem, tivéssemos com que nos preocupar. Um artigo da Forbes, escrito pelo Dan Schawbel, alerta que eles já representam grande parte da população mundial, com grande poder econômico, que influenciam a todas as gerações, vieram para mudar o mundo e, que ao contrário do que se imaginava, é uma geração super fiel a marcas desde que estas demonstrem qualidade e responsabilidade socioambiental em seus produtos.

Para comprovar essa tendência, uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostra o quanto as pessoas, por idade, estão propensas a pagar por uma casa saudável. O resultado foi que tanto os Millennials quanto os aposentados pagariam a mais por uma residência saudável.

Ainda sobre o mesmo gráfico, porém, juntando o percentual das pessoas que pagariam a mais por uma residência saudável e comparando com o percentual dos que não pagariam a mais ou dos que não souberam responder, temos:

O que será que nos espera? O Global Wellness Institute sinaliza que o mundo se prepara para viver o momento da qualidade de vida, bem-estar e saúde nos próximos 5 a 10 anos. Então, aquele conceito sobre edifícios residenciais com spas, jardins bonitos, playgrounds, varandas gourmets… já não será mais suficiente. As pessoas buscarão isso também, mas elas estarão mais propensas por edifícios que atendam outras de suas necessidades, edifícios que tenham em seu conceito uma preocupação com sua saúde e bem-estar. Que tenham planos de qualidade do ar e da água para consumo, que priorizem a iluminação circadiana, que lhes traga conforto acústico, térmico e de odores, que as façam sentir-se bem a ponto de se sociabilizarem com seus vizinhos, que integre conceitos de biofilia e beleza, que permita uma melhor concentração de seus ocupantes para tarefas diárias como estudo e home office, além de proporcionar paz e tranquilidade.

Toda mudança é uma grande confusão. Mistura sentimentos de medo, desafio e esperança. E no meio disso tudo há ainda quem perguntará, atônito “Esquecemos da segregação, do poder e do materialismo! Vamos voltar para buscar?”

O motorista irá sorrir e dizer “Não precisamos disso, para onde vamos teremos unidade, paz e comunidade.”

Abraços e até a próxima.

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Eduardo Straub

StraubJunqueira estará na maior conferência de construção sustentável da América Latina

A StraubJunqueira estará presente 8ª Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo que acontecerá no mês de agosto no São Paulo Expo.

No dia 09/ago, o Eng. Eduardo Straub participará, em conjunto com especialista do International Well Building Institute e do Green Bussiness Certification Inc. da palestra “Well e Leed: alinhamento para sustentabilidade avançada” às 9:30h, sala 1.

Na ocasião serão apresentadas as complementariedades de ambas as certificações e como o projeto pode explorar ao máximo os benefícios de se trabalhar com o LEED e o WELL em um único projeto.

Para saber mais e se inscrever no evento:

https://goo.gl/DZYrcr

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StraubJunqueira e o CBCS

Semana passada, dia 3 de maio, a SJ esteve presente nas eleições do CBCS-Conselho Brasileiro de Construção Sustentável.

O CBCS é uma OSCIP, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, criada em 2007 como resultado da articulação entre lideranças empresariais, pesquisadores, consultores, profissionais atuantes e formadores de opinião. Tem como missão principal promover a melhoria da qualidade de vida da população brasileira e a preservação de seu patrimônio natural, pelo desenvolvimento e implementação de conceitos e práticas mais sustentáveis e que contemplem as dimensões social, econômica e ambiental da cadeia produtiva da indústria da construção civil.

A SJ é filiada ao CBCS, pois sempre acreditou em seu propósito e agora toma mais um passo importante junto à organização: fazendo parte também do Conselho Deliberativo com o intuito de ajudar o CBCS a crescer, implementar novas ideias e disseminar a sustentabilidade na construção civil em todo o Brasil!
Saiba mais em: https://goo.gl/N5h6yV
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